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quarta-feira, 10 de março de 2010

Barreiras do Lazer














Marcellino (2001) contribui ressaltando seis aspectos que considera relevantes
no tocante ao desenvolvimento de um programa de educação para o lazer:
a) Contribuição para a demonstração da importância do lazer, como forma de
expressão humana, na nossa sociedade;
b) Iniciação aos conteúdos culturais físico-esportivos;
c) Contribuição para que o aluno perceba a inter-relação entre os conteúdos
físico-esportivos e os demais conteúdos culturais;
d) Desenvolvimento desses conteúdos físico-esportivos não apenas como
“prática” – o fazer, mas como conhecimento e apuração do gosto,
contribuindo para a formação não só de praticantes, mas também de
espectadores ativos;
e) Partindo do “nível” em que o aluno se encontra, respeitando sua cultura
local, procurando promover esse “nível” de conformista para crítico e
criativo;
f) Trabalhando na metodologia de ensino, enquanto forma, incorporando, ao
máximo possível, o elemento lúdico da cultura, como componente do
processo educacional (MARCELLINO, 2001, p. 114).
O autor ainda frisa que a missão de veicular a educação para o lazer não deve ser
destinada somente à EF, uma vez que as relações lazer-escola-processo educativo são
caracterizadas pela interdependência entre cada um desses elementos (MARCELLINO,
2001). A sugestão de trabalhar a educação para o lazer nas aulas de EF se dá por que,
juntamente com a educação artística, a EF é a disciplina escolar que está mais próxima
dos conteúdos culturais do lazer (MARCELLINO, 2003).

Algumas barreiras devem ser superadas para a implantação de um programa de
educação para o lazer nas aulas de EF: a falta de integração entre o
conteúdo cultural físico-desportivo e os demais conteúdos culturais do lazer na proposta
curricular; a falta de oportunidades para o desenvolvimento de comportamentos críticos
e criativos em relação às vivências de lazer, a concentração da função de ator principal
da relação pedagógica no professor e a atribuição de papel conformista ao aluno em
relação ao conteúdo trabalhado; a excessiva valorização da prática em detrimento da
contemplação nas aulas; e a ênfase nos esportes tradicionais, suas regras e seus
fundamentos.

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