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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aula -HABILIDADES MOTORAS ESPECIALIZADAS

Resumo da aula de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora
Prof. Ivo Pedon - Licenciatura

HABILIDADES MOTORAS ESPECIALIZADAS

Capacidade X Habilidades

O desenvolvimento de habilidades motoras especializadas é altamente dependente de oportunidades para prática, encorajamento e ensino de qualidade.

São padrões motores fundamentais maduros que foram refinados e combinados para formar habilidades esportivas especificas e habilidades motoras complexas.

Forma Madura: a estrutura neurológica, as características anatômicas e fisiológicas e as habilidades perceptivo-visuais estão suficientemente desenvolvidas para funcionar no estágio maduro.

A maioria das crianças tem potencial, aos 6 anos, para executar bons desempenhos no estágio maduro de grande parte dos padrões motores fundamentais e para começar a transição à fase motora especializada.

Há exceções óbvias, como fundamentos mais complexos que os adolescentes não conseguem executar por suas capacidades motoras atrasadas em função das oportunidades de prática regular limitadas.

Exemplos uma pessoa dificilmente poderia esperar ter êxito no softball, se as suas habilidades de interceptar, arremessar, apanhar ou correr não estivessem em níveis amadurecidos.

Existe uma barreira de competência definida entre a fase motora fundamental e a fase motora especializada de desenvolvimento; a transição de uma a outra fase depende da aplicação de padrões de movimentos maduros a determinada grande variedade de habilidades motoras.

Se os padrões não forem maduros, a habilidade será prejudicada.


Locomoção
básica
(um elemento)
a- Caminhar
b- Correr
c- Pular
d- Saltar
e- Elevar-se


Manipulação
Propulsiva
a- arremessar
b- chutar
c- impelir (Fazer mover, mediante força propulsora; impulsionar, impulsar, propulsar:)
d- atingir
e- rebater
f- Quicar
g- Rolar


Estabilidade
1. Axial (esqueleto --, período --, raiz -- e simetria --.)
Inclinar-se.
Alongar-se
Girar
Virar
Balançar

2. combinações dois ou mais elementos)
galopar
deslizar
saltar obstáculo
escalar

Absortiva
apanhar
driblar

posturas estáticas e dinâmicas
apoios invertidos
Rolamento corporal
Iniciar
Parar
Esquivar-se
Equilibrar-se

Habilidades motoras especializadas aplicadas a:

Habilidades para o futebol.
Habilidades para o beisebol.
Habilidades para o basquetebol.
Habilidades para o hóquei.
Habilidades para a acrobacia.
Habilidades com aparelhos.
Habilidades para o atletismo.
Habilidades para a Natação.
Habilidades para a luta.
Habilidades para os esportes de raquetes.
Habilidades para a dança.
O desenvolvimento motor fundamental maduro é pré-requisito para a incorporação bem-sucedida de habilidades motoras especializadas correspondentes ao repertorio motor de um individuo.


Não temos que alcançar o estágio maduro em todas as fases para prosseguir em estágios subseqüentes.


Porém quando um individuo se especializa prematuramente em uma área especifica ele passa a ter desempenho altamente sofisticado em vários movimentos locomotores e estabilizadores.


SEQÜÊNCIA DESENVOLVIMENTISTA DE MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS.


Depois que a criança alcançar o estágio maduro de um padrão motor fundamental, poucas alterações ocorrem quando ao treinamento especializado.


Cada vez mais que ocorre o refinamento do padrão ex ( precisão, exatidão e controle) porém o básico permanece inalterado.


Cada vez mais a criança - adolescente aprimora força, resistência, tempo de reação, velocidade do movimento, coordenação e assim por diante...... é notório que seu desempenho ira melhorar, cada vez mais decorrente ao seu aprimoramento nas habilidades especificas.


Lembrando.... as habilidades motoras especializadas são aplicadas no esporte, na recreação, ou em situações da vida diária.


As Habilidades motoras especializadas: são assim movimentos fundamentais maduros que foram adaptados às necessidades especificas de uma atividade esportiva, recreativa ou do cotidiano; Seu desenvolvimento depende do individuo e do ambiente.


Três estágios próprios da fase motora – para o ensino bem-sucedido.
ð Estágio de transição;
ð Estágio de aplicação;
ð Estágio de utilização permanente;



O progresso através dos estágios pertinentes à fase de habilidades motoras especializadas depende da fundamentação de padrões motoras previamente estabelecidas durante a fase motora fundamental.
*pertinentes* : Importante, relevante, válido:

Estágio de transição; é caracterizado pelas primeiras tentativas do indivíduo de refinar e combinar padrões maduros. Com as crianças acontece o aumento do interesse das crianças pelo padrão de desempenho. A criança estimulasse a prática do esporte, neste interesse ela vai aumentando o seu grau de habilidade esportiva por “compreender a idéia”. Nesta fase a habilidade e a competência são limitadas.
INICIANTE

Estágio de aplicação; o individuo torna-se mais consciente de seus recursos físicos e pessoas e de suas limitações e decorrente disto ele concentra-se em determinados tipos de esportes. O treino é chave para a “maduração”. No estagio de transição refinam-se, bem como as habilidades mais complexas usadas em esporte oficiais e nas atividades recreativas ou de competição.
INTERMEDIÁRIO

Estágio de utilização permanente; os indivíduos reduzem a área de suas buscas atléticas, escolhendo algumas atividades para participar regularmente de situações competitivas, recreativas ou na vida diária; neste estagio de melhor ajustamento; definem o seu esporte decorrente de seus interesses e suas habilidades e com isso criam-se responsabilidades com fatores externos.
Avançado

Estágio de melhor ajustamento; decorrente de sua habilidade ou alguma deficiência motora madura o individuo acaba se ajustando em um esporte onde ele não utiliza este recurso. Ex. o individuo não sabe chutar bola mais sabe bater-la com a mão então ele vai jogar vôlei e não joga futebol.



Muitos indivíduos não têm o seu desenvolvimento e refinamento de habilidades motores especializadas.
Muitas crianças são frequentemente encorajada a refinar suas habilidades, em um esporte particular em idade precoce.
A precoce participação em esportes não é prejudicial, porém, a especialização prematura sim.


O esporte permite que indivíduos nos estágios de transição melhorem suas habilidades e obtenham muita atividade física vigorosa em situações competitivas.

O esporte competitivo não pode ser a válvula de escape de habilidades para crianças. As atividades não-competitivas e de lazer, como canoagem, pescaria, corridas, passeios de trilhas e similares, alem de varias formas recreação cooperativa e de dança etc..... são fatores benéficas para os jovens.

Alterando uma técnica bem-aprendida
Quando o aluno tem uma técnica não apropriada, torna-se um dilema mudar o atleta ou deixa-lo assim???????

Dificilmente uma técnica bem aprendida acontecera uma alteração, porem se corrigirmos está técnica nos primeiros estágios iniciante ou intermediário, ai sim acontecerá esta transformação.

Ao decidir se deve ou não modificar a técnica o professor ou treinador necessita considerar os seguintes itens.

Determinar se há suficiente tempo para fazer a modificação (em termos de semanas e meses não horas e dias).
Determinar se o individuo quer fazer a modificação.
Certificar-se de que o individuo compreende por que essa modificação esta sendo feita.
Certificar-se de que o individuo está consciente de que o desempenho regredira antes de melhorar.
Fornecer um ambiente de encorajamento e de apoio.
Estruturar sessões de treinamento que gradualmente levem o aluno do estágio inicial para o intermediário e, finalmente, de volta ao estágio de refinamento.

É essencial para o professor conhecer o aluno, a fim de estabelecer diferença no aprendizado de desenvolvimento motor e no aprendizado de habilidades motoras.


1- As pessoas aprendem em ritmos diferentes.
2- O potencial de cada pessoa para excelência de desempenho é único.
3- Habilidades motoras fundamentais e habilidades perceptivo-motor devem ser dominadas antes de tentar a habilidade esportiva.
4- As reações às abordagens de ensino variam entre alunos.
5- As reações ao fato de perder ou ganhar variam entre os indivíduos.
6- As reações ao elogio e à crítica, à recompensa e à punição variam entre os indivíduos.
7- Experiências anteriores relacionados ao esporte variam entre os indivíduos.
8- Variações em experiências na vida do lar influenciam de forma diferente as pessoas.
9- Pontos de força em algumas áreas podem compensar deficiências em outras áreas.
10- Períodos de atenção e habilidades de concentração variam entre indivíduos e grupos.
11- Os níveis desenvolvimento de individuo variam entre individuo variam, resultando em potenciais diferentes para o aprendizado e o desempenho.
12- Não há uniformidade no potencial físico de indivíduos (particularmente, nos anos pré-adolescentes e no início da adolescência).
13- Os indivíduos exibem maiores ou menores graus de habilidade motoras rudimentares (“Elemento inicial; princípio, começo; esboço”) e refinadas, dependendo das experiências passadas e de fatores herdados.
14- A habilidade de analisar, conceituar e resolver problemas varia de pessoa a pessoa.

Tipos de habilidades esportivas

As habilidades esportivas podem ser classificadas de muitas maneiras. Um esquema de classificação usa os termos compassado externamente e compassado internamente para descrever a natureza do objetivo da atividade em si.

Habilidades externamente compassadas – categoria de habilidades em que o atleta deve reagir a alterações nas indicações ambientais.
Exemplos: tiro ao alvo com lançamento de alvos móveis, a rapidez e a flexibilidade na tomada de decisões são exigidas do atleta. Também como futebol e basquete.

Habilidades internamente compassadas – categoria de habilidades que requer reações fixas a um determinado conjunto de condições.
Exemplos: tiro ao alvo fixo, boliche, golfe, arco e flecha e ginástica são geralmente considerados como atividades compassadas internamente. Lembrando que este treino é repetição encima de repetição.

1- Identificar o tipo de atividade (isto é, externamente ou internamente compassada).
2- Estabelecer um ambiente de treino que seja compatível com a natureza da atividade.
3- Encorajar cada indivíduo a analisar a atividade nos primeiros estágios de aprendizado.

O aprendizado de habilidades motoras é independente da idade e tem uma seqüência previsível, progredindo, a partir do nível inicial ou “nocivo” – (Que prejudica; que causa dano; danoso, nocente, nóxio). Para intermediário “prático” e, finalmente, para o nível avançado ou de refinamento.

Nível iniciante/noviço – o primeiro estágio de aprendizado de uma nova atividade motora, freqüentemente caracterizado por movimentos lentos, descoordenados e desajeitados, acompanhados por atenção consciente a cada minúcia da atividade.
1- Apresentar apenas os aspectos principais da habilidade (seja breve).
2- Fornecer demonstrações visuais dela.
3- Permitir que o aluno a submeta à teste.
4- Fornecer muitas oportunidades para exploração da habilidade em si e para a autodescoberta dos princípios gerais dela.
5- Reconhecer que esse é, basicamente um estágio cognitivo “conhecimento. ~ V. função --a e linguagem --a.” e que o aluno apenas precisa compreender a idéia geral dele.
6- Compassar a nova habilidade, quando possível, a habilidade similares, com as quais o atleta esteja familiarizado.
7- Fornecer informações imediatas, precisas e positivas a respeito da habilidade.
8- Enfatizar o processo e não o desempenho.

Nível intermediário/prático – segundo estágio de aprendizado de uma habilidade motora, caracterizado pela compreensão do atleta dos aspectos gerais da habilidade. A atenção consciente aos pormenores da habilidade diminui à proporção que a imagem mental da habilidade torna-se mais fixa.
1 – Fornecer numerosas oportunidades para a prática.
2 – Fornecer oportunidades para o refinamento da habilidade em um ambiente encorajador e não ameaçador.
3 – planejar situações de treino que, progressivamente, concentrem-se em um refinamento maior da habilidade.
4 – Fixar Horários para sessões de prática em ritmo rápido, mais de curta duração.
5 – Analisar as habilidades e fornecer criticas construtivistas.
6- estruturar a sessões de qualidade que enfatizam o desempenho quantitativo.
7- acomodar diferentes ritmos de desenvolvimento de habilidades.
8- focalizar a atenção na habilidade total, sempre que possível.
9- estabelecer práticas que estimulem a intensidade e a exigências das competições.

Nível avançado/bem ajustado – terceiro estagio de aprendizado de uma habilidade motora, caracterizado pelo ganho que o atleta obtém da completa compreensão da habilidade. Nesse nível, a habilidade é desempenhada de maneira suave, contínua e altamente coordenada. O atleta coloca ênfase no refinamento e no ajuste da habilidade.
1- estruturar oportunidades de prática que promovam intensidade e entusiasmo.
2- Estar disponível para fornecer encorajamento, motivação e apoio positivo.
3- Oferecer sugestões e dicas de estratégias.
4- Estimular práticas que imitem situações competitivas.
5- Auxiliar o atleta a prever suas ações em situações de jogo.
6- Conhecer o atleta como um indivíduo e ser capaz de ajustar métodos que atendam as necessidades da pessoa.
7- Fornecer informações que enfoquem aspectos específicos da habilidade.
8- Evitar pedir ao atleta que pense na execução da habilidade, o que poderia resultar em “Paralisia analítica”.

Incentivando a melhora

Lembrando que existem três conceitos.

1ª conceito – Controle motor – (estabilidade / locomoção / e manipulação).
2ª conceito – controle emocional – ( avaliar experiências passadas e projetar novas experiências).
3ª conceito – aproveitamento do aprendizado – (torna o aprendizado motor satisfatório).

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